O DEUS DA ALIANÇA
A primeira vez que a Bíblia fala da Aliança de Deus com os homens á através de Noé, que “achou graça diante de Deus” e que “era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos” (Gn 6.8-9). Foi a uma pessoa tão justa entre os homens que Deus disse: “Contigo estabelecerei a minha aliança” (Gn 6.18). Depois do dilúvio, Deus estende essa aliança à descendência de Nóe: “Eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência” (Gn 9.9). Mas essa aliança era também com a natureza. Deus afirma: “Porei nas nuvens o meu arco; será por o sinal da aliança entre mim e a terra” (Gn 9.13). Por esse texto, entendemos que as primeiras lições ecológicas foram dadas por Deus, e estão aí no Gênesis.
A Aliança de Deus foi feita também, mais tarde, com os hebreus libertos da escravidão. Foi apenas através dessa aliança que eles se tornaram, de fato, um povo, o povo de Deus. Deus exige a obediência do povo: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Ex 19.5-6). Observamos, aqui também, que isso é um ato da graça de Deus, pois Israel não era superior aos outros povos para ser escolhido. Vemos também que Israel passa a ser uma nação santa, isto é, separada para a sua adoração. E hoje somos, como pessoas e como Igreja, “o Israel de Deus”, como diz Paulo aos Gálatas (6.16).
Devemos observar, porém, que Deus exige a obediência à Aliança, mas antes disso, Ele libertou a Israel da escravidão. E da mesma forma, hoje, Deus que exige a nossa obediência, porém, antes disso, Ele nos libertou da escravidão do pecado, e Ele agora nos chama, através de Jesus, a renovar com ele a nossa aliança, feita por um alto preço, o preço da cruz. É isso o que significam as palavras de Jesus: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). Renove, portanto, hoje, a sua aliança com Deus, através do arrependimento e de uma conduta exemplar, como a de Noé, que “era justo e íntegro entre os seus contemporâneos”. Amém.
Rev. Isaar Soares de Carvalho