NOS E NOSSOS MEDOS
Domingo, 06 de abril de 2014
Mateus 26.69-75
A ciência do comportamento tem estudado e feito novas descobertas nas últimas décadas a respeito de uma emoção primária do ser humano, comum a todos nós: o medo. Porém, nem por isso o medo deixa de nos incomodar e até de nos paralisar.
O medo faz parte da história da humanidade e da história de muitos personagens da Bíblia. Um exemplo claro para nossa reflexão é o da vida de Pedro, o destemido, corajoso Pedro.
Todos nós conhecemos a passagem em que ele nega a Jesus por três vezes seguidas. E o que pode ser observado como base deste comportamento? O medo! Basicamente três tipos diferentes de medo podem ser identificados nesta atitude de Pedro:
1 - O medo de si mesmo e de seus próprios impulsos - Percebemos claramento este medo expresso numa fala corajosa de Pedro, que antecede ao momento da negação. Pedro diz ao Senhor Jesus que o seguiria por qualquer caminho, que não o abandonaria qualquer que fosse a circunstância e o Mestre lhe disse que ele o negaria três vezes antes que o galo cantasse. Pensamos: o que levou Pedro a fazer tal afirmação? Não seria o medo que tinha de perder o controle e fazer exatamente o que fez, negando a Jesus? Muitas atitudes aparentemente corajosas que tomamos escondem na sua raiz o medo que temos dos nossos impulsos interiores.
2 - O medo do desconhecido - Pedro estava atônito, diante do desconhecido e sentindo muito medo. O que aconteceria agora que Jesus, o Mestre, estava sendo entregue para ser morto? Muitas vezes na vida somos tomados pelo medo do desconhecido. Este medo costuma ser paralisante e desorganizador, com efeitos na nossa vida espiritual e no relacionamento com Deus.
3 - O medo de morrer - Este é um medo muito comum entre os seres humanos. Pedro estava negando a Jesus como medo de experimentar a morte num momento de tanta dúvida,questionamento e incertezas na sua vida. Quando nos sentimos desamparados por Deus ou desligados de Deus, podemos experimentar o medo da morte como uma realidade desestruturante.
Embora o medo faça parte da constituição do ser humano, ele não pode nos dominar e nem interferir na nossa relação com Deus. Nos momentos de medo devemos nos lembrar das promessas que Deus tem colocado sobre nós e a certeza de que, apesar de quaisquer outras evidências contrárias, Deus está conosco e não nos desampara, mesmo diante do desconhecido, dos nossos impulsos interiores e da perspectiva da morte.
Rev. Esny Cerene Soares
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