A LEI DO SAL
São Paulo 31 de maio de 2015.
No caso do pastor Wei*, da China, bater um papo com não cristãos é algo que parece ser feito com cuidado. Wei acompanha mais de mil convertidos em sua região, divididos em dezenas de grupos caseiros. Por causa disso, autoridades do governo o convidam sempre a ir à delegacia e "tomar um chá". O problema é que o chá é acompanhado de um interrogatório.
"Eles fazem perguntas do tipo: 'Quem são os líderes da sua igreja?'; 'Há estrangeiros envolvidos com seu trabalho?'. Também me alertam para não deixar minha igreja crescer muito".
Embora essa prática viole o direito estabelecido pelo artigo 12 da Declaração - "Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada" -, Wei consegue temperar sua hora de chá com um pouco de sal.
"O delegado e eu acabamos nos tornando amigos, e outro dia eu pude compartilhar com ele sobre como eu conheci a Jesus", conta Wei.
E se ele não tem medo de testemunhar na delegacia, também não tem nas ruas. "Toda quinta à noite, nosso grupo de jovens distribui folhetos e evangeliza nas ruas, convidando as pessoas para ir à igreja. Elas respondem que não são cristãs, mas não recusam quando são convidadas para refeição". Não é apenas sendo sal e luz em sua sociedade que Wei responde à pressão. "Há dez anos fundei a Missão Chinesa. Já enviamos mais de 50 missionários para países no Oriente Médio".
*Wei, nome alterado por motivos de segurança.
Retirado do livro Portas Abertas
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